Retina Volume 2 - page 19

RETINA
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ACROANEURISMA
ARTERIAL RETINIANO (MA)
Descritos pela primeira vez em 1973.
São dilatações aneurismáticas, fusiformes ou
arredondadas, adquiridas, situadas geralmente nas
três primeiras bifurcações arteriais, e que causam
hemorragias retinianas ou subretinianas.
Ocorre frequentemente em doentes idosos.
Típicamente é unilateral e isolado.
O principal factor de risco é a HTA (ocorre em
45-67% dos casos). Também existe associação com
oclusão vascular retiniana, doença cardiovascular
(30%), artrite reumatóide (10%) e Diabetes
Mellitus.
FISIOPATOLOGIA:
Os vasos arteriais envelhecem, aumentando o
colagénio, substituindo as fibras musculares
lisas, o que origina uma maior susceptibilidade à
dilatação, por menor elasticidade.
A HTA conduz à degenerescência hialina, perda
do tónus de auto-regulação vascular e dilatação
arterial.
EPIDEMIOLOGIA:
Mais frequente no sexo masculino (3:1).
Em 2/3 dos casos aperece como um fenómeno
isolado. Em 1/3 dos casos, está associado a oclusão
venosa retiniana.
Em ¾ dos casos está associado com HTA.
SINTOMAS:
Diminuição da AV, devido à proximidade à mácula,
ao edema, exsudação, hemorragia. Importante
também a duração e a localização anatómica da
hemorragia.
CLÍNICA:
A localização retiniana mais frequente são as
arcadas vasculares temporais.
Bilateral em 32,5% dos casos.
Os cruzamentos A-V são o local predilecto para a
formação de macroaneurismas, devido ao facto de
ambos os vasos partilharem a mesma adventícia.
Podem apresentar graus variáveis de hialinização
das suas paredes, rodeando-se de exsudados e
hemorragias.
Tipos clínicos:
a)
MA quiescente – hemorragias ou
exsudação em pequena quantidade, sem
afectar a mácula.
b)
MA exsudativo, com descompensação
aneurismática
crónica.
Exsudação
superior a 1 disco de diâmetro, com
atingimento macular.
c)
MA hemorrágico, com descompensação
aneurismática aguda. Predominam as
hemorragias.
Quando se produz a ruptura dos MA, podem
sangrar para a cavidade vítrea (hemorragia
pré-retiniana ou intravítrea) ou provocar
uma hemorragia subretiniana.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Hiperfluorescência correspondente ao MA.
Podem estar presentes telangiectasias a envolver o
aneurisma.
Descritos 2 tipos de MA:
a) fusiformes, em que o contraste afecta
por igual todo o espaço vascular, na fase
arterial.
b) sacular, preenchimento nas fases
médias e tardias da AF. O preenchimento
vascular pode ser irregular, aparecendo
em 50% dos casos, dilatação capilar,
telangiectasias ou oclusão.
ICG: Útil em delimitar o macroaneurisma, em
presença de hemorragia pré-retiniana.
OCT: Visualização das alterações estruturais
intraretinianas que cursamnoMA: edema retiniano
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