Retina Volume 2 - page 144

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algodonosas, hemorragias retinianas, áreas de não
perfusão capilar retiniana, oclusão arteriolar),
edema macular e neuropatia óptica.
b)
RETINOPATIA POR QUIMIOTERAPIA
Descritas alterações pigmentares maculares,
edema macular, oclusão artéria central retina,
hemorragias retina, estreitamento arterial,
manchas algodonosas e exsudados duros.
CARMUSTINE (Periarterite e periflebite).
TAMOXIFEN (Cristais maculares, drusens e
manchas branco-amareladas na retina)
R
Retinopatia associada a terapia para o cancro
ETINOPATIA
CMV
Ocorre primariamente em crianças recém-
nascidas e adultos imunocompetentes. É a infecção
oportunista ocular mais comum na SIDA. Afecta
6-38% dos doentes.
A
prevalência
da
patologia
decresceu
consideravelmente, desde a introdução da terapia
antiretroviral em 1996.
SINTOMAS:
Presentes em mais de 75% dos olhos infectados.
A retinopatia a CMV periférica tipicamente produz
uma amputação do CV.
A doença com localização no polo posterior é
acompanhada habitualmente por visão desfocada.
A doença macular isolada ou a neurite óptica a CMV
são raras, mas podemoriginar uma perda súbita da AV.
CLÍNICA:
A retinopatia a CMV tem duas apresentações
clínicas: fulminante e indolente. A retinopatia
a CMV fulminante é descrita classicamente
como um fundo ocular com aspecto em pizza:
causa uma retinite necrotizante que origina um
embranquecimento retiniano confluente, polo
posterior e periferia, associado com hemorragias
retinianas e embainhamento vascular.
A inflamação da câmara anterior e vítrea está
presente.
Quando a hemorragia é extensa, a infecção
necrótica pode ser difícil de reconhecer.
A retinite a CMV indolente ou granular apresenta
menos edema, opacificação acinzentada, com
poucas hemorragias e embainhamento vascular.
O bordo da infecção evidencia um aspecto
granular, irregular, com lesões satélites isoladas.
A retinite pode apresentar uma combinação de
formas granular e fulminante.
A forma de apresentação menos comum é a
frosted branch angiitis, em áreas não directamente
envolvidas com retinite.
Ao curar, as lesões apresentam um aspecto
cicatricial retiniano fibroglial e um aspecto
mosqueado do EPR subjacente.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Necessária para o diagnóstico e para o
tratamento da retinite a CMV.
PATOGÉNESE:
Histopatológicamente, a retinite a CMV destrói a
arquitectura retiniana.
COMPLICAÇÃO:
O descolamento da retina é uma complicação
grave (pode ocorrer em 15-40% dos olhos).
TRATAMENTO:
Os 3 primeiros fármacos aprovados para o
tratamento da retinite a CMV são: ganciclovir,
foscarnet e o ciclofovir.
Aproximadamente 85% dos doentes tratados
respondem favoravelmente, mas a reactivação é regra.
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